terça-feira, 15 de outubro de 2013

Como eu amei ela!

 


Eu entendo que a gente deseje alguém para chamar de seu. Eu sei que quando o frio aperta, a gente quer alguém pra chamar de nosso. Mas a minha lua tem fases diferentes da de São Jorge. Eu preciso de outros solstícios para fazer eclipse. Eu não consigo ser tão fácil, tão rápido, tão rasteiro. Eu preciso de uma coisa que às vezes só vem com o tempo. Eu preciso sentir. Eu preciso ter meu coração acelerado. Eu preciso daquele friozinho na barriga. Borboletas no estômago.
Depois de muito relutar, depois de tantas noites em claro e conversas infindáveis comigo mesmo, percebi que a carência das pessoas era algo que me irritava. De todas as tentativas que eu tive de namorar alguém, essa era a principal barreira que me limitava. Não quero ser o único responsável pela felicidade de alguém que simplesmente não se basta. Alguém que precisa de mim para fazer sua vida ter sentido.
Quando eu encontrar alguém capaz de encantar meu coração e saber se feliz sem mim, mas que queira dividir sua felicidade comigo, ai sim, eu sentirei que é hora de dar alguns passos pra frente. 
Enquanto as pessoas depositarem em mim seus instantes felizes, prefiro buscar no brilho do sol o aquecimento que meu coração precisa. É melhor seguir sozinho de fato, do que sozinho acompanhado.

Capa

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